quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Regulação Hormonal

As glândulas endócrinas humanas

A espécie humana, como os outros vertebrados, possui diversas glândulas endócrinas, algumas delas responsáveis pela produção de mais de um tipo de hormônio.

A hipófise ou glândula pituitária foi durante muito tempo considerada a glândula-mestra do sistema endócrino, por controlar a atividade de outros órgãos, glandulares ou não. Sabe-se, hoje, que mesmo ela fica sobre o controle do hipotálamo, uma estrutura pertencente ao sistema nervoso central, à qual a hipófise está ligada.
Esse controle é exercido pelos chamados fatores de liberação (estimulantes ou inibidores) hipotalâmicos, que regulam a síntese de hormônios hipofisários. Na região de união entre hipotálamo e hipófise, uma rica rede de vasos sanguíneos favorece a chegada dos fatores de liberação hipotalâmicos às células hipofisárias. Daí, os diversos hormônios produzidos pela hipófise caem na corrente sanguínea e são encaminhados para os diferentes locais de ação.
A hipófise
Do tamanho de um grão de ervilha e localizada na base do encéfalo, a hipófise possui uma porção anterior (também conhecida como adenoipófise) e outra posterior (neuroipófise), entre as quais fica uma porção média, pouco desenvolvida na espécie humana. Os hormônios da adenoipófise são conhecidos coletivamente como trofinas (do grego, trophé = nutrição), assim chamados por atuarem estimulando a atividade de outros órgãos ou glândulas. Os hormônios da porção posterior são, na verdade, produzidos pelo hipotálamo. 












































































































quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Aparelhos reprodutores (masculino e feminino)

Testículos: São os órgãos sexuais primários ou gônadas. São formados por duas estruturas ovóides, alojadas dentro do escroto – bolsa que aloja os testículos. Os testículos são considerados glândulas mistas, uma vez que produzem espermatozóides (espermatogênese) e na puberdade produzem também hormônios – testosterona -, responsáveis pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários. A temperatura ótima para produção e armazenamento de espermatozóides é de 35o C, razão pela qual os testículos não se localizam no interior do corpo humano. A temperatura corporal é em torno de 37o C.

Epidídimo: O epidídimo é uma estrutura em forma de C, constituída de cabeça, corpo e cauda, situada na margem posterior de cada testículo. Além de atuar como via condutora de gametas também armazena espermatozóides até o momento da ejaculação. É no epidídimo que os espermatozóides sofrem a maturação durante seu desenvolvimento, que ocorre aproximadamente em 2 meses


Ducto Deferente: O ducto deferente é o prolongamento da cauda do epidídimo, sendo a estrutura responsável pela condução do espermatozóide até o ducto ejaculatório.

Ducto Ejaculatório: O ducto ejaculatório é formado pela junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal. O ducto ejaculatório também constitui via condutora de gametas, porém possui menor dimensão e calibre do que as demais vias condutoras de espermatozóides. Seu trajeto passa pelo interior da próstata.


Uretra: A uretra é um canal comum para eliminação de urina e para ejaculação. Possui cerca de 20 centímetros de comprimento, iniciando-se no óstio interno da uretra, na base da bexiga e com término no orifício externo da uretra, na glande do pênis. O canal da uretra pode ser dividido em três partes: uretra prostática, uretra membranosa e uretra peniana. A uretra prostática é a porção que perpassa pela próstata; a uretra membranosa percorre o assoalho da pelve e a uretra peniana transcorre pelo corpo esponjoso do pênis. Os túbulos e ductos dos testículos, o epidídimo, o ducto deferente, o ducto ejaculatório e a uretra constituem as vias condutoras de gametas, desde o local onde são produzidos, até as vias genitais femininas, onde são eliminados.

Glândulas Anexas: A função primordial das glândulas anexas é facilitar a progressão dos espermatozóides nas vias genitais. São elas: vesículas seminais, próstata e glândulas bulbo-uretrais.
·         Vesículas seminais: são em número de duas, situadas na parte póstero-inferior da bexiga; possuem formato sacciforme e inferiormente sua extremidade torna-se estreita e reta para formar o ducto da vesícula seminal. As suas secreções fazem parte da constituição do líquido seminal, e atuam na ativação dos espermatozóides.
·         Próstata: é um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga, constituído de musculatura lisa, tecido fibroso e glândulas.  É atravessado pela uretra e sua secreção confere o odor característico do sêmen.
·         Glândulas bulbo-uretrais: são duas formações esféricas e pequenas, situadas próximas à porção membranosa da uretra. Seus ductos desembocam na uretra peniana, secretando seu líquido mucoso que auxilia na ejaculação.

Pênis: o pênis é o órgão da cópula, penetra nas vias genitais femininas e possibilita o lançamento dos espermatozóides. É constituído de tecido flácido, formado por:
·         2 corpos cavernosos, que se fixam ao osso da bacia através dos ramos do pênis – extremidades posteriores.
·         1 corpo esponjoso, que apresenta duas dilatações: glande (anterior) e bulbo (posterior).
O pênis, portanto, possui duas porções: uma porção fixa, denominada raiz, que é constituída pelo ramo e bulbo do pênis; e uma porção livre, recoberta pelo prepúcio e denominada corpo do pênis, formada pelos corpos cavernosos e esponjosos, responsáveis pela ereção. No processo da ereção, os tecidos lacunares se enchem de sangue; o pênis se torna túrgido, e há um aumento no volume e na rigidez. O prepúcio, dupla camada de pele que recobre o pênis, é fixo ao corpo do pênis através do frênulo, uma prega mediana e inferior. Anteriormente, o prepúcio recobre a glande do pênis.

Sêmen: O sêmen é o líquido constituído por espermatozóides e fluido seminal. É composto por: secreções da próstata (30%) e vesículas seminais (70%). O fluido seminal é formado de: água, muco, açúcar, bases e prostaglandinas (hormônios que vão desencadear contrações do útero e tuba uterina).

Fisiologia
A primeira fase do ato sexual masculino é a ereção, que ocorre através de fenômenos vasculares que propiciam uma congestão sanguínea nos tecidos eréteis do pênis, tornando-o ereto, rígido e com maior volume. O fenômeno da ereção ocorre através de excitação na região sacral da medula espinhal e transmitida por meio de nervos parassimpáticos.
Com o prosseguimento da excitação, um circuito neuronal localizado na região lombar alta da medula espinhal também se excita e, por meio de nervos autônomos simpáticos, provocam uma série de fenômenos que proporcionarão a emissão e, logo em seguida, a ejaculação.
Durante a emissão ocorrem contrações do epidídimo, canais deferentes, vesículas seminíferas, próstata, glândulas bulbo-uretrais e glândulas uretrais. A uretra, então, se enche de líquido contendo milhões de espermatozóides.
Com a ejaculação, ocorrendo logo a seguir, aproximadamente 3,5 a 5 ml. de sêmen são expelidos ao exterior do aparelho masculino. Este volume de sêmen contém cerca de 200 a 400 milhões de espermatozóides. O líquido prostático neutraliza a acidez da vagina, possibilitando o movimento dos espermatozóides no interior do aparelho reprodutor feminino.


SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Anatomia:
Órgãos internos:
Ovários: São duas gônadas ou glândulas sexuais femininas, também chamados de órgãos primários. Localiza-se na parte inferior da cavidade abdominal, um de cada lado do útero. Produz óvulos e hormônios sexuais femininos: estrógenos e progesterona.

Tuba uterina: São tubos musculares e flexíveis que comunicam o ovário com o útero para transportarem os óvulos. Os espermatozóides que penetram na vagina passam por ela pra atingir o óvulo, consequentemente é o lugar onde pode ocorrer a fecundação.

Útero: É um órgão oco que possui formato de pêra invertida e se situa entre a bexiga urinaria e o reto. Comunica-se por um lado com a tuba uterina e por outro com a vagina. É dividido em quatro partes:
  • corpo do útero
  • fundo do útero
  • istmo
  • colo do útero.
E possui uma estrutura dividida em três camadas:
  • Camada interna ou endométrio: sofre modificações com o ciclo menstrual ou na gravidez (é onde o embrião se instala). Se prepara para receber o óvulo mensalmente, aumentando sua espessura e formando redes de capilares. Se não ocorrer fecundação ele sofre descamação e ocorre o processo da menstruação.
  • Camada média ou miométrio
  • Camada externa ou perimétrio

Vagina: conduto muscular membranoso, que se estende desde o colo do útero até a vulva. É muito elástica e está coberta por uma pele fina, com muitas pregas. É o órgão feminino que recebe o pênis no ato sexual. Por ela passa os fluxos menstruais e o feto na hora do parto. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e geralmente se rompe nas primeiras relações sexuais. 
Órgãos externos: (Vulva ou Pudendo Feminino):
Clitóris: É um órgão impar e mediano, erétil, situado na parte antero posterior da vulva, tem uma porção oculta entre os lábios maiores e outra livre, que termina numa extremidade chamada glande, coberta pelo prepúcio.

Grandes lábios: são duas pregas cutâneas, alongadas, que delimitam entre si uma fenda. Após a puberdade apresentam-se cobertas de pêlos, embora suas faces internas sejam sempre lisas.

Pequenos lábios: são duas pequenas pregas cutâneas localizadas medialmente aos lábios maiores.

Monte púbico: É uma elevação mediana anterior a sínfis púbica e constituída principalmente de tecido adposo. Apresenta pêlos espessos após a puberdade.

Óstio da vagina: é a área circundada pelos pequenos lábios que contem a uretra, a vagina e os ductos das glândulas vestibulares. Essas glândulas secretam algumas gotas de muco durante a excitação sexual, destinadas a tornar as estruturas úmidas e propicias a relação sexual.

Óstio da uretra: A uretra feminina é bem mais curta e simples do que a masculina. É retilínea para baixo e para diante, a partir do seu óstio interno da bexiga; atravessa os diafragmas pélvico e urogenital. Corre anteriormente à vagina e termina no vestíbulo, por seu óstio externo.

Mamas: O estudo das mamas é devido às relações funcionais que estes órgãos mantêm com aqueles da reprodução e seus hormônios. São dois órgãos glandulares que na mulher destinam-se a secretar o leite para alimentar o recém nascido durante o período de lactação.

Fisiologia
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os  ovócitos primários -  encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos ovarianos. O inicio da puberdade feminina é marcada pelo aparecimento da primeira menstruação, (MENARCA – entre 11 e 13 anos), e vai até a última menstruação, (MENOPAUSA - entre 45 e 50 anos). A partir da menarca a menina passa a ser capaz de gerar uma nova vida, além disso, ocorre o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários como o desenvolvimento das mamas e o aparecimento de pêlos em determinadas regiões do corpo. Durante a vida fértil da mulher, amadurece normalmente apenas um folículo a cada 28-30 dias produzindo um óvulo fértil, que cai na tuba uterina, onde poderá ser fecundado ou não.  No ponto de ruptura do folículo, na parede do ovário, as células foliculares formam um tecido de cicatrização de função endócrina, o chamado corpo lúteo (ou amarelo). Se não houver fecundação, o corpo lúteo degenera após 10 dias. Se, no entanto, o óvulo for fecundado, o corpo amarelo cresce muito e permanece alguns meses produzindo a progesterona, que é o hormônio da gravidez.

Ciclo menstrual:
Compreende um período de 28 a 30 dias, durante o qual se origina um óvulo que, não fecundado, será expulso junto com secreções, sangue e restos do endométrio, que continua se desenvolvendo para garantir a fixação, proteção e nutrição do futuro embrião. Nos primeiros 14 dias do ciclo, a hipófise, produzindo FSH (Hormônio Folículo Estimulante), estimula a maturação de um folículo ovariano. Este produz estrógenos, que, chegam ao útero promovendo o crescimento do endométrio. No 14° dia ocorre a ovulação e nos 14 dias finais do ciclo a hipófise produz alta taxa de LH (hormônio luteinizante), que estimula o desenvolvimento do corpo amarelo. Este tecido endócrino produz então a progesterona, que continua estimulando o crescimento do endométrio, preparando-o para receber o zigoto. O aumento da taxa de progesterona atua sobre a hipófise inibindo a produção do LH. Assim, o corpo amarelo degenera, cai a taxa de progesterona e ocorre o desprendimento do endométrio, eliminado como fluxo menstrual.

Gravidez
 Os espermatozóides lançados na vagina deslocam-se em direção ao útero e às tubas uterinas. Quando encontram um óvulo no interior das tubas, ocorre a fecundação. Imediatamente, a membrana do óvulo fica completamente impermeável à penetração de outro espermatozóide. A partir do instante da fecundação, a célula-ovo começa a se dividir e a ser “empurrada” em direção ao útero por contrações leves da musculatura lisa da tuba e pelo movimento dos cílios que revestem sua mucosa interna. O ovo leva de dois a quatro dias para atingir o útero, e a essa altura já pode ser chamado de embrião. O embrião encontra o útero com as paredes expessadas, cheias de vasos sanguíneos e vilosidades, implanta-se nessas paredes e se desenvolve.
Quando chega ao útero, o ovo já iniciou a formação do embrião. O desenvolvimento embrionário é rápido e em poucos dias o embrião já conta com muitas células. Com o tempo, certas camadas de células se diferenciam para formar as membranas extraembrionárias. Umas dessas camadas é o córion, que se desenvolve em contado com a parede do útero, formando inúmeros prolongamentos. A mucosa uterina se desenvolve mais e se une estreitamente a esses prolongamentos, formando a placenta. É por intermédio da placenta que as substâncias dissolvidas no plasma materno passam para o feto, alimentando-o. Ela se comunica com o embrião através do cordão umbilical, dentro do qual passam a artéria e as veias umbilicais. É pela artéria umbilical que o embrião recebe nutrientes e oxigênio retirados do sangue da mãe. Entre o embrião e as membranas existentes existe um liquido chamado liquido amniótico.Três a quatro semanas após a fecundação, o coração do embrião começa a bater. Ao fim do segundo mês o embrião já tem membros, dedos e face com características humanas. Desse ponto em diante recebe o nome de feto.

Menopausa
Depois de uns 400 ciclos menstruais completos, ou menos, sobrevém o declínio sexual da mulher. A menopausa, ou interrupção permanente da menstruação, não é o climatério em si, mas uma das manifestações desse período. Além da suspensão da menstruação, o climatério envolve profundas alterações orgânicas e psíquicas.

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Pílulas anticoncepcionais: Contém hormônios que evitam a produção de óvulos.
DIU (dispositivo intra uterino): O DIU é composto por um objeto de plástico parecido com uma flecha. Ele possui um fio de cobre enrolado na parte inferior. Evita a gravidez de duas formas, o cobre tem função espermicida; e o DIU impede que o embrião se implante na camada do útero. Isto para alguns é considerado abortivo.
Abstinência: Não ter relação sexual.
Coito interrompido: Retirar o pênis antes da ejaculação, é um método pouco seguro.
Cremes espermicidas: Substâncias aplicadas na vagina que matam o espermatozóides, são pouco eficientes e geralmente são associados ao diafragma.
Diafragma: Tem a forma de um chapeuzinho, feito de borracha fina e macia, que é colocado no fundo da vagina, cobrindo todo o colo do útero, impedindo assim a passagem dos espermatozóides.
Tabelinha: Evita ter relação sexual no dia da ovulação.
Camisinha (Masculina e feminina): Impede que o esperma seja depositado dentro do corpo feminino. Único método que também protege contra as DST’s.
Vasectomia: Corte do vaso deferente e o amarro de suas pontas. Pode ser reversível (amarras) ou irreversível (corte).

Laqueadura Tubária: Corta-se as pontas das tubas uterinas impedindo que os espermatozóides entrem em contato com o óvulo. Pode ser reversível (amarras) ou irreversível (corte).

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS:

Aids: Síndrome Da Imunodeficiência Adquirida, causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV, transmitido principalmente por relações sexuais e transfusões de sangue contaminado. Ataca o sistema imunológico do portador e pode levar a morte.

Herpes: Pequenas bolhas que aparecem nos órgãos sexuais, que ao se romperem causam feridas. Causada por vírus.

Sífilis: De duas a quatro semanas após a contaminação, aparece nos órgãos sexuais uma ferida dura, sem dor, conhecida como cancro duro, e ínguas na virilha (fase primária). Elas desaparecem e depois de algum tempo surgem feridas nas mãos e nos pés. (fase secundária). Na fase terciária, ocorre lesões em vários tecidos como ossos, pele, coração, artérias e tecido nervoso. Causada pela bactéria Treponema palidum.

Gonorréia: Causada pela bactéria Gonococo. Causa corrimento amarelado, vontade freqüente de urinar, que pode ser acompanhada de dor.

Cancro mole: causado por bactérias. São pequenas feridas dolorosas com pus que surgem nos órgãos externos e também no colo do útero.

Papilomatose (Papiloma vírus Humano-HPV): Surgimento de Verrugas genitais, câncer do colo do útero e vulva, e raramente câncer do ânus. A transmissão se dá por contato sexual íntimo; objetos contaminados, banheiro, etc.

Candidiase: Causada por fungo Cândida albicans. Causa coceira intensa e ardência ao urinar. Não é transmitida apenas por relações sexuais.


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Porquê ?

Este blog tem como objectivo ser um meio de avaliação para a disciplina de Biologia 12 e ao mesmo tempo enriquecer os nossos conhecimentos.
Aqui vão encontrar resumos, curiosidades, relatórios, entre outras coisas, acerca da matéria lecionada neste ano lectivo.
Boas Leituras (: